COLUNA WENSE, QUINTA, 11 DE MAIO DE 2023. *COMPLEXO DE VIRA-LATA*

COLUNA WENSE, QUINTA, 11 DE MAIO DE 2023.

*COMPLEXO DE VIRA-LATA*

Disse ontem, na chamada para o comentário de hoje, que a antecipação do processo eleitoral na sucessão municipal, quando acontece no interior, é intempestiva e irresponsável. Recebe uma avalanche de críticas.

Nas capitais é aceitável. Em Salvador, por exemplo, a discussão sobre o pleito sucessório já está em pleno vapor, com a oposição ao prefeito Bruno Reis, postulante a um segundo mandato pelo União Brasil, colocando o assunto como pauta principal. 

Vale lembrar que a eleição presidencial de 2026, faltando mais de 3 anos e alguns meses, já é comentada abertamente em Brasília, nos corredores do Congresso Nacional, nas suas duas Casas Legislativas, o Senado da República e a Câmara dos Deputados. 

Já se falam nos nomes que podem disputar a sucessão de Lula, com destaque para os governadores de São Paulo e de Minas, respectivamente Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Romeu Zema (Novo). Ambos presidenciáveis pelo campo da direita. Uma majoritária já chamada de "Café com Leite", com Tarcísio encabeçando a chapa tendo Zema como vice, é temida pelo lulopetismo. 

Aqui em Itabuna, a antecipação da sucessão de Augusto Castro (PSD), que vai disputar à reeleição, é taxada de irresponsável e inconsequente, prejudicando assim o andamento da gestão. Só falta dizer que os senhores pré-candidatos estão cometendo um crime, que seria tipificado como de "antecipação do discurso eleitoral". O prefeiturável que abrisse a boca para falar de sucessão ficaria inelegível.

Outro ponto é que somente os grandes jornais, os chamados "jornalões, principalmente do eixo Rio-São Paulo, é quem podem fazer seus editoriais sobre o pleito do Palácio do Planalto de 2026. Qualquer meio de comunicação no interior, quando comenta sobre a sucessão municipal, é um Deus nos acuda. 

O saudoso e polêmico jornalista Nelson Rodrigues diria que os municípios e sua imprensa não podem ser acometidos pelo "complexo de vira-lata", se achando inferior diante das grandes cidades. 

A sucessão municipal é discussão já. O que é importante não pode ser limitado pelo tempo.

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